domingo, 5 de maio de 2013

O DISCURSO [REDAÇÃO]

O que é Discurso?
O termo discurso admite muitos significados
O mais conhecido deles é so discurso como uma exposição metódica sobre certo assunto.
Um conjunto de iseias organizadas por meio da linguagem de forma a influir no raciocínio, ou quando menos, nos sentimentos do ouvinte ou leitor

Tipos de Discurso
As falas ou o discurso podem ser estruturados de duas formas básicas., dependendo de como o narrador as reproduz o discurso direto e o discurso indireto.

O  DISCURSO DIRETO
O discurso é direto quando são as personagens que fala: caracterizam-se pela reprodução fiel da fala do personagem. exemplo:

De uma feita, estava eu sentado sozinho num banco da Praça da Alfândega quando começaram
a acontecer coisas incríveis no céu, lá para as bandas da Casa de Correção: havia uns tons de chá, que se
foram avinhando e se transformaram nuns roxos de insuportável beleza. Insuportável, porque o
sentimento de beleza tem de ser compartilhado. Quando me levantei, depois de findo o espetáculo, havia
umas moças conhecidas, paradas à esquina da Rua da Ladeira.
- Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de comunicação.
- Não, não reparamos em nada - respondeu uma delas. - Nós estávamos aqui esperando Cezimbra.
E depois ainda dizem que as mulheres não têm senso de abstração...
                                                                                                                  (Mário Quintana)

Análise:

As falas do personagem-narrador e de uma das moças, reproduzidas integralmente e
introduzidas por travessão, são exemplos do discurso direto. No discurso direto, a fala do personagem é,
via de regra, acompanhada por um verbo de elocução, seguido de dois-pontos. Verbo de elocução é o
verbo que indica a fala do personagem: dizer, falar, responder, indagar, perguntar, retrucar, afirmar, etc.
No exemplo apresentado, o autor utiliza verbos de elocução ("disse-lhes eu", "respondeu uma
delas), mas abre mão dos dois-pontos.


DISCURSO INDIRETO
O discurso indireto ocorre quando o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a
fala de um personagem.
No discurso indireto também temos a presença de verbo de elocução (núcleo do predicado da
oração principal), seguido de oração subordinada (fala do personagem). É o que ocorre na seguinte
passagem.
exemplo:



"Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que havia sonhado
que iria faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena ocorria. Dona Abigail consciente de seus
afazeres de dona-de-casa vivia constantemente atormentada por pesadelos desse gênero. E de outros
gêneros, quase todos alimentícios. Ainda bêbado de sono o marido esticou o braço e apanhou a carteira
sobre a mesinha de cabeceira: 'Quanto é que você quer?'"
NOVAES, Carlos Eduardo. O sonho do feijão.

Análise:
No trecho acima, temos a fala (discurso) de dois personagens: a do marido ('Quanto é que você
quer') e a de Dona Abigail que disse ao marido "que havia sonhado que iria faltar feijão".
Ao contrário da fala do marido, em que o narrador reproduz fielmente as palavras do
personagem, a fala de Dona Abigail não é reproduzida como as palavras que ela teria utilizado naquele
momento. O narrador é quem reproduz com suas próprias palavras aquilo que Dona Abigail teria dito.
Temos aí um exemplo de discurso indireto.
Veja como ficaria o trecho acima se fosse utilizado o discurso direto:
"Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse-lhe:
- Sonhei que vai faltar feijão."
Verifique que, ao transformar o discurso indireto em discurso direto, o verbo de elocução
(disse) se manteve, o conectivo (que) desapareceu e a fala da personagem passou a ser marcada por sinal
de pontuação.
Veja, ainda, que o verbo sonhar, que no discurso indireto se encontrava no pretérito
mais-que-perfeito composto (havia sonhado), no discurso direto passa para o pretérito perfeito simples
(sonhei), e o verbo ir, que no discurso indireto estava no pretérito (iria), no discurso direto aparece no
presente do indicativo (vai).


Discurso Indireto Livre

Na moderna literatura narrativa, tem sido amplamente utilizado um terceiro processo de relatar enunciados, resultante da conciliação dos dois anteriormente descritos. É o chamado discurso indireto livre, forma de expressão que, em vez de apresentar o personagem em sua voz própria (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar em uníssono (um só som, uma só voz)





Ao examinar os comunicados anteriores comprova-se que o discurso indireto livre conserva toda a afetividade e a expressividade próprias do discurso direto, ao mesmo tempo que mantém as transposição  de pronomes, verbos e advérbios típicos do discurso indireto. É por conseguinte, um processo de reprodução de enunciados que combina as características dos dois anteriormente descritos.

fontes: marcosota.wordpress,
gramatica.net
Professora, Veronica Leal

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